Stênio Marcius na 1ª IPB de Gov. Valadares

Ei gente...

Depois de muito tempo e por falta de tempo não postar nada, retornei para anunciar o próximo evento do Dep. de Música da nossa Igreja. Pra quem gosta de boa música é uma ótima pedida!
Abraços...

"Bendize, ó minha alma ao Senhor, e tudo que há em mim bendiga o seu santo nome" (Sl.103.1)

Quão profundas são as palavras do salmista Davi neste salmo! Não há como dizer que tais palvras não reflitam sentimentos verdadeiros de alguém que abre o coração em devoção a Deus.

Este salmo fala do alcance integral e inclusivo da misericórdia de Deus. Ele fala de "perdoar iniquidades", "sarar enfermidades", "redimir a vida", "fartar de bens a velhice" e renovar a mocidade". Isto quer dizer que não há área da vida humana que esteja fora do alcançe de Deus. Da criança ao mais idoso, todos são presenteados com a misericórdia de Deus. Na verdade, ao nascermos, somos banhados por essa misericórdia.

Por isso, Davi fala com tanta convicção que o "Senhor é misericordioso e compassivo" (v.8). Por isso, Davi diz que Deus se revela a nós "como um pai que se compadece de seus filhos..." (v.13).

Observe que no versículo 14, o salmista nos mostra que toda essa graça de Deus derramada em nós tem como fundamento o fato de Deus nos conhecer. Deus sabe que somos pó. Deus conhece todas as nossas limitações. Ele não aceita nem concorda com os nossos pecados, na verdade, se entristece. Mas o salmista Davi, homem como nós, nos diz que por saber quem somos, Deus faz com que a sua misericórdia seja de eternidade a eternidade, ou seja, infinita (v.17). O profeta Jeremias, em suas Lamentações diz que "as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não tem fim" (Lm.2.22). Louvado seja o nome do Senhor! Diante deste alcançe da graça de Deus em nossas vidas, não temos outra coisa a dizer, senão: "Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo que há em mim bendiga o seu santo nome"

Aleleuia!!!

Passos para a Adoração

1º Passo: Pratique a presença de Deus diariamente. Reserve momentos em particular para a adoração e confissão silenciosa.
2º Passo: Procure viver diversas experiências de adoração. Adore a Deus quando estiver sozinho; organize grupos que se reúnam nas casas ou na escola somente para adorar juntos.
3º Passo: Descubra formas de se preparar para a experiência da adoração comunitária. Repasse hinos, cânticos e passagens bíblicas que serão usados no domingo.
4º Passo: Mantenha a boa disposição de se reunir no poder do Senhor. Isto é, aprender a deixar de lado tudo que é pessoal. A linguagem da comunhão no ajuntamento não é “eu”, mas “nós”.
5º Passo: Cultive uma dependência santa. Dependência santa significa que você é incondicional e inteiramente dependente de Deus diante de qualquer acontecimento importante.
6º Passo: Absorva com gratidão as distrações. Se houver barulho ou alguma desordem, a prenda a suportar e a superar a situação, em vez de se aborrecer.
7º Passo: Aprenda a oferecer um sacrifício de louvor. Não é sempre que você terá vontade de adorar, mesmo assim, ofereça a Deus um sacrifício de adoração. Busque a Deus para que ele realize uma obra nova e viva no meio do seu povo.

(Extraído do livro: “Celebração da Disciplina”; Richard Foster)

DEFINIÇÃO

Lendo o livro "Celebração da Disciplina" me deparei com esta definição de "Adoração" e resolvi postá-la para não ficar somente pra mim.

"Adorar é vivificar a consciência com a SANTIDADE de Deus, suprir a mente com a VERDADE de Deus, purificara imaginação com a BELEZA de Deus, abrir o coração ao AMOR de Deus, consagrar a vontade ao PROPÓSITO de Deus" (William Temple).

ADORAÇÃO X DEPRESSÃO

Está aqui um personagem bíblico que não esteve ileso das angustias sombrias da alma. Davi, rei de Israel, grande conquistador de nações; venceu diversas guerras, derrubou um gigante, matou um urso e um leão com as próprias mãos. Segundo o apóstolo Paulo, em seu discurso em Atenas, registrado em Atos 13, Davi foi um homem segundo o coração de Deus. Mas o fato é que não foram poucos os momentos de desespero e de angústia vividos por este homem.
O salmo 142 tem um pano de fundo muito interessante. Se observarmos em 1Sm.22, perceberemos que Davi estava exatamente dentro de uma caverna quando compôs este salmo. Ele estava fugindo do rei Saul que intentava tirar a sua vida. Depois de fugir de um lado para o outro, de tentar se refugiar em outras cidades e reinos, sem nenhum sucesso, Davi entra em uma caverna para encontrar refúgio.
As palavras do salmo 142 são reflexos de um estado de espírito extremamente abalado, e porque não dizer, depressivo. Vejam as palavras e frases que marcam esta oração de Davi. Caverna, "queixa", "tribulação", “me esmorece o espírito”, “nenhum lugar de refúgio”, "ninguém que por mim se interesse”, “me vejo muito fraco”, “são mais fortes do que eu”, "tire a minha alma do cárcere”.
O homem segundo o coração enfrentou situações terríveis em sua existência. Experimentou muitos momentos áridos e desérticos e revela por várias vezes o abatimento da sua alma.
Mas como Deus trata esse homem tão abalado emocionalmente pela depressão? Ou, qual é a atitude de Davi que revela-nos uma possibilidade de reação diante da decadência emocional vivida por ele?
A experiência de Davi mostra uma segunda atitude que é preciso ser tomada quando se enfrenta a depressão. Nunca deixe de Adorar a Deus. Parece simples, mas é muito significativo. Se por um lado conhecemos o Davi que expõe as suas queixas e lamenta o seu estado de espírito, por outro, temos um homem que reconhece profundamente os feitos de Deus em sua vida, e por isso O louva.
A adoração e louvor a Deus é uma arma poderosa para enfrentar momentos depressivos. Davi entende isso quando compõe o Salmo 34 que, se os irmãos perceberem, está no mesmo contexto ou pano de fundo do Salmo 142. Percebam então o sentimento deste homem diante das angústias que incomodam a sua alma.
Portanto, irmão, abra o seu coração para a experiência da adoração. Perceba como Deus o aliviará das suas angustias a partir de um coração agradecido e que adora ao Senhor.

Quem Habitará??

“Quem, Senhor, habitará no teu santuário?”

Davi era um homem segundo o coração de Deus por ser ele capaz de lidar com suas imperfeições, seus deslizes confrontando-os com a santidade de Deus. Isto quer dizer que, Davi não se calava diante de seus pecados e os confessava a Deus, pois a santidade era o seu alvo de vida.
Nesse sentido, quando lemos o Salmo 15 temos uma compreensão mais profunda do sentimento do salmista. Esta pergunta retórica que Davi fez ao começar o seu salmo tem significados profundos.
Ao olhar para si, Davi se sente incapaz de apresentar-se diante de Deus para adorá-lo. Mas, quem está habilitado para isso? Uma auto avaliação coerente nos fará perceber que não somos dignos de tal privilégio. Neste caso, Jesus apresenta-se como a única porta, a única ponte, o único caminho. Só por Jesus podemos chegar ao Pai.
Mas para não nos isentar de pelo menos um pouco de responsabilidade, Davi diz ainda no Salmo 15 que precisamos observar algumas atitudes que nos auxiliará quando nos achegarmos à presença de Deus.
“O que é integro em sua conduta...
O que de coração fala a verdade...
O que não usa a sua língua para difamar o próximo...
Aquele que mantém sua palavra mesmo quando é prejudicado... etc..
Quem assim procede nunca será abalado!”

O Salmo 92 e a Variedade de Instrumentos

Na abordagem anterior, foi feita uma análise dos dois primeiros versículos do Salmo 92. Destaquei o conteúdo da adoração e ações de graças do salmista, ou seja, ele adorava pelas misericórdias e pela fidelidade de Deus. O outro ponto enfatizado foi a intensidade. De dia e de noite o salmista dava graças a Deus, o que quer dizer, em todo o tempo.
Mas é preciso observar como o salmista expressava as suas ações de graças e louvor a Deus. Como ele expressava a sua adoração? Esta pergunta é respondida no versículo 3. O salmista diz: “com instrumentos de dez cordas, com saltério e com a solenidade da harpa”. O que ele quer dizer com isso?

Podemos dizer que o Salmista tinha convicção que a adoração a Deus poderia ser expressada das formas mais variadas possíveis e com os mais variados instrumentos. Os instrumentos de dez cordas, o saltério, a harpa eram os instrumentos comuns da época, por isso são eles citados pelo salmista. Se o salmo fosse composto em nossos dias talvez o poeta dissesse, Bom é render graças ao Senhor... com o violão, o contra baixo, o cavaquinho, o violino e a guitarra (pra citar somente instrumentos de cordas). O salmista mostra-se apreciador de vários tipos de instrumentos.
O que precisamos deixar bem claro aqui é que a forma não pode ser, em hipótese alguma, o mais importante na nossa expressão de adoração e louvor a Deus, mas sim a essência, a compreensão de que bom é render graças ao Senhor pelas suas misericórdias e pela sua fidelidade; bom é render graças ao Senhor em todo o tempo, o dia todo, com intensidade de alma e coração. Nesse caso, não comprometemos a essência em detrimento da forma.
Em Cristo...